![wibson.png](https://cdn.steemitimages.com/DQmWfZV5C7fCEM2mFozJNormsZZrJ1fZZSqUGsPTZCiY8Vk/wibson.png) ##### No começo deste ano entrou em testes no Uruguai o aplicativo Wibson (https://wibson.org) para celular que permite a venda de dados pessoais para empresas interessadas que fazem ofertas em um marketplace. A empresa que desenvolveu o app tem financiamento da Wayra (https://br-pt.wayra.co), que por sua vez é da Telefonica, dona da Vivo no Brasil. Matéria em espanhol no site Infotechnology, publicada em fevereiro e cujo link compartilho no final deste post, conta que a Movistar, subsidiária uruguaia da Telefonica, vai atuar quase como um cartório, ajudando a verificar a veracidade dos dados dos usuários do Wibson. Outra matéria publicada na mesma época, desta vez no site Livecoins - Telefonica vai usar blockchain para verificar dados dos consumidores - revela que a plataforma já funciona na Espanha, Inglaterra e Argentina, e traduz com toda a clareza e sem nenhum pudor: o Wibson oferece um mercado de dados descentralizado que permite que indivíduos vendam informações privadas “validadas” para obter lucro. Acho que essa linguagem direta reflete o inconfomismo do seu fundador, Mat Travizano, que em setembro do ano publicado publicou este artigo no site Entrepeneur: The Tech Giants Get Rich Using Your Data. What do You Get in Return? (As mega empresas de tecnologia enriquecem usando seus dados. E o que vc recebe de volta?) O site Ledger Insights tb publicou, ainda em fevereiro, uma entrevista com Travizano - Telefonica trials blockchain personal data marketplace (Telefonica testa seu mercado de dados pessoais em blockchain) - onde ele reforça querer criar um mercado justo e transparente para consumidores e compradores (anunciantes, marcas e comerciantes) negociarem seus dados. Quem sabe agora que o Mercosul voltou a ser uma das prioridades do governo brasileiro (por causa do acordo de livre comércio com a União Européia assinado depois de 20 anos de negociação), a Telefonica através da Vivo lance o Wibson com toda a força no Brasil. Melhor ser antes da Libra (que já provocou reações estranhas no @blockchaincat) chegar fazendo estrago :-) Ainda não sabemos o valor da criptomoeda supostamente estável do Facebook mas o Wibson tem o token WIB, rodando no blockchain do Ethereum, segundo o site @coingecko sendo negociado neste momento por U$ 0.0006. Como postei aqui antes - Evento Blockcrypto 2019 em julho, estarei entre os palestrantes e estou pensando em falar sobre blockchain, criptomoedas, dados pessoais e privacidade nas redes sociais - por causa da proximidade do evento fui pesquisar e descobri essas informações divulgadas meses atrás. Minha ideia é incluir o Wibson entre os exemplos na minha apresentação "Sorria vc está sendo tokenizado. Blockchain, criptomoedas e o uso dos dados pessoais na publicidade e redes sociais", agendada para acontecer dia 17/7 às 10h10, quem se interessar é só conferir: https://blockcrypto.com.br Não sei se o steemian @casagrande, que além de ser o primeiro amigo brasileiro do Satoshi (pra saber quem é o segundo é só ler meu post Quinta-feira passada fui aceito na lista de amigos do Satoshi Nakamoto na rede P2P Foundation que publiquei em dezembro de 2018), parece que também mora pertinho do Uruguai, como postou em Relatos da Fronteira | Tudo junto e misturado, e talvez consiga testar o Wibson (se estiver mesmo disponível na cidade de Rivera). Se o negócio funcionar e ser um sucesso, quem sabe vira a criptomoeda comum do Mercosul, como uma versão digital do Peso Real proposto pelo atual presidente eleito, ressuscitando um sonho do ex-presidente José Sarney (que até já tinha definido o nome de Austral para a eventual moeda, como relembra o site Os Divergentes: Ideia de moeda única para Brasil e Argentina é de Sarney e Alfonsin). De qq forma, como conta o @casagrande - Relatos da Fronteira | Pagamentos em três moedas diferentes - seja qual for o nome do dinheiro, quem quer lucrar dá um jeito. --- Infotechnology.com: Telefónica trae un nuevo "negocio blockchain": podés ganar dólares con tus datos. Se trata una alianza que intenta generar un negocio más "trasparente" a la mercancías del siglo 21, los datos. Cómo podes participar.... #####
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